Jovem rural de Urussanga inova com cultivo de morango semi-hidropônico

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Produção de morango semi-hidropônico permite diversificar a renda na propriedade

Em Urussanga, no Sul Catarinense, uma tecnologia atraiu a atenção do jovem produtor Cleiton Bonetto. Ele estava em busca de inovações para a pequena propriedade rural, onde trabalham o pai Osmar, a mãe Maria Eliane e a irmã Larissa. Acostumada a trabalhar na cultura do fumo, a família se encantou com a possibilidade de trazer o cultivo de morango para a propriedade e, assim, diversificar a renda.

Depois de participar de cursos na Epagri e contar com as orientações técnicas do extensionista rural Henrique Viana e Silva, Cleiton decidiu trabalhar com o cultivo de morango no sistema semi-hidropônico. Ele conta que em 2018 construiu o primeiro abrigo e, satisfeito com os resultados, em 2019 expandiu a atividade em mais dois abrigos. “Hoje nós temos cinco mil pés de morango e pretendemos colher cinco mil quilos de frutos por safra”, diz Cleiton.

Extensionista da Epagri orienta o jovem a produzir morangos de qualidade

O jovem produtor recebeu financiamento de R$15 mil do FDR – Fundo de Desenvolvimento Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural. Os recursos foram aplicados na ampliação do projeto. Esse programa apoia agricultores familiares em investimentos e melhorias da produção agropecuária, com especial atenção aos jovens rurais.

Cultivo semi-hidropônico

Osmar e Maria Eli apoiam e ajudam o filho Cleiton em todo as etapas de produção dos morangos

Para garantir a qualidade dos frutos e facilitar o manejo das plantas, Cleiton optou pelo cultivo semi-hidropônico. O plantio das mudas é feito em canteiros suspensos e dentro de “slabs”, um tipo de saco plástico de alta resistência, muito utilizado na produção de morango. A plantação nesse sistema, além de ocupar pouco espaço na propriedade, traz ainda a vantagem de o produtor trabalhar em pé. “Não é necessário nos agacharmos para o plantio, o manejo e a colheita. Assim estamos preservando a coluna”, revela Osmar, o pai de Cleiton.

O extensionista rural Henrique Viana e Silva, do Escritório da Epagri em Urussanga, explica que o “slab” utilizado na propriedade possui um metro de comprimento e o espaçamento entre as plantas é de 20 centímetros. A altura deve ser planejada de maneira que a pessoa que vai fazer a colheita trabalhe em pé, com a postura ereta, para evitar danos à coluna. A irrigação é por gotejamento. “Além de levar água na quantidade certa para as plantas, o sistema permite fornecer os nutrientes necessários. Eles são diluídos na água e, por meio do gotejamento, são infiltrados no solo”, esclarece o extensionista.

Outro ponto importante da tecnologia é que as plantas ficam protegidas da chuva, pois estão dentro dos abrigos, e não têm contato direto com a terra. Isso garante maior sanidade e qualidade dos frutos. O uso de agrotóxicos na propriedade dos Bonetto é praticamente zero, um atrativo a mais aos consumidores.

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