Turismo náutico é aposta da pesca artesanal em Balneário Barra do Sul

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Nota da edição: As atividades de turismo têm restrições por conta da pandemia do novo coronavírus. Mas não podemos deixar de mostrar o resultado que o turismo náutico trouxe em 2019 para famílias pesqueiras de Balneário Barra do Sul. Esta matéria está publicada no nosso Balanço Social como uma experiência de sucesso do ano passado. Naquele município, as embarcações voltaram a funcionar em maio de 2020 com 50% da capacidade e outras medidas de segurança. Esperamos que tudo isso passe logo e que você possa agendar seu passeio em breve para conhecer as belezas dessa região com as famílias locais.

A atividade movimentou de mais de 10 mil pessoas em Balneário Barra do Sul em 2019

O turismo náutico vem despontando como uma alternativa de renda altamente lucrativa e sustentável para os pescadores artesanais do Litoral Norte. Em Balneário Barra do Sul, onde a pesca é a principal atividade econômica, são 32 embarcações habilitadas no transporte de pessoas para a pesca amadora e passeio no mar, envolvendo mais de 120 famílias. Em 2019, a atividade garantiu a movimentação de mais de 10 mil pessoas no município, grande parte oriunda das regiões Sudeste e Sul do Brasil.

A atividade começou por lá há pouco mais de 15 anos, em um momento em que o mar não estava para peixe. Foi uma temporada muito ruim para o setor e os pescadores precisavam de uma renda para o sustento da família. A Epagri foi uma grande incentivadora do turismo náutico, pois é uma atividade lucrativa, mais sustentável e mais leve para as famílias.

Com orientação da Epagri, Otávio Persike abriu o próprio negócio

A família Persike é uma que tomou gosto pelo turismo náutico e hoje conta com nove pessoas envolvidas. O pai, Simeão, começou em 2012 e em pouco tempo teve uma demanda maior do que a capacidade do barco. O filho Otávio, 28 anos, também aderiu à atividade como dono do próprio negócio em 2019, motivado pelo curso Jovens do Mar oferecido pela Epagri. Além de orientação técnica, a Empresa também assessorou o jovem para acessar recursos do Estado no valor de R$15 mil para aquisição de equipamentos.

Otávio conta que a renda gerada com o turismo é o dobro da obtida com a pesca, mas existe espaço para as duas atividades. O turismo ocorre nos fins de semana, e a pesca, nos demais dias. “O potencial da atividade é muito grande. Acredito que futuramente Barra do Sul será conhecida como a capital catarinense do turismo náutico”, diz.

O próximo projeto do jovem empreendedor é construir uma embarcação maior e com mais conforto para transporte de pessoas, a exemplo das escunas. O foco será o turismo histórico e a visita às ilhas. “Talvez em alguns anos eu me dedique exclusivamente ao turismo náutico”, diz o jovem, que se orgulha de continuar no mar, cultivando a tradição que vem dos bisavôs paternos, antigos pescadores do município.

Para conhecer essa e outras histórias de sucesso, acesse o Balanço Social 2019 da Epagri.