Campanha em Jacinto Machado recolhe mais de seis toneladas de vidros e eletrônicos

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O objetivo dos organizadores da campanha é repetir a ação pelo menos uma vez por ano

Uma iniciativa da Epagri em Jacinto Machado para o descarte correto de vidros e eletroeletrônicos arrecadou, no mês de outubro, cerca de 6,5 toneladas desses materiais. O destaque foi para o lixo eletrônico, que ficou em torno de 70%. A campanha foi realizada de 13 a 23 de outubro e também recolheu pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes.

“Foram 10 dias de trabalho intensos. A população participou ativamente trazendo seus resíduos para o descarte correto e fazendo com que o nosso município, tão rico em belezas naturais, fique ainda mais limpo e bonito. A iniciativa evitou que muitos desses materiais fossem parar em locais inadequados”, afirma a a extensionista social da Epagri de Jacinto Machado, Aline Hahn Fernandes.

A Campanha de Recolhimento de Vidros e Eletrônicos contou com o apoio do Sicoob Credija na logística e divulgação e da Empresa Colix, de Araranguá, que é a responsável por receber os materiais e encaminhá-los ao destino correto, ou seja, a reciclagem. Segundo os idealizadores da campanha, o objetivo é de pelo menos uma vez por ano repetir a ação, dando a oportunidade para que a população possa descartar corretamente esses resíduos sólidos.

A Campanha de Recolhimento de Vidros e Eletrônicos contou com o apoio do Sicoob Credija da Empresa Colix, de Araranguá

Consumismo e aumento do lixo –  O grande consumo de eletrônicos e a troca constante desses itens têm aumentado a quantidade de lixo eletrônico, que nem sempre é enviado para o local adequado. “O ‘fora’ é um lugar que não existe, pois os objetos permanecem no planeta, muitas vezes contaminando o solo, o ar, a água e todos os nossos recursos naturais. Por isso o descarte correto é tão importante”, diz Aline.

A extensionista ainda destaca que vidro é um material 100% reciclável, mas não atrai os coletores devido ao seu baixo valor de mercado e por isso ainda é depositado em locais inadequados. “Estima-se que no Brasil apenas 45% do total de vidros utilizados são encaminhados para a reciclagem. Outro dado importante é que esse material demora mais de cinco mil anos para se decompor. Em contrapartida, pode ser reciclado infinitas vezes, gerando menor impacto ambiental do que se precisássemos extraí-los novamente da natureza e aumentando a vida útil dos aterros sanitários”.

Quando às pilhas e lâmpadas recolhidas, a extensionista lembra que elas possuem na composição componentes químicos prejudiciais à saúde, como o mercúrio, o cádmio, o chumbo, o zinco-manganês e o alcalino-manganês. “Estudos científicos mostram que algumas dessas substâncias podem levar à anemia, a problemas neurológicos e ao desenvolvimento de câncer. No meio ambiente, o descarte inadequado das pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes é extremamente nocivo e perigoso”, salienta.