Frutas tropicais geram lucro em microclimas no Oeste Catarinense

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Fruteiras tropicais como banana, goiaba e maracujá, não muito comuns nas paisagens do Oeste Catarinense, se tornaram um bom negócio para agricultores da região. Essas espécies, sensíveis a geadas, são cultivadas em microclimas onde o fenômeno não ocorre, como regiões próximas a rios e barragens.

Em 2019, as frutas tropicais geraram renda para 40 famílias que colheram cerca
de 240t de banana, goiaba e maracujá

A Epagri estimula os agricultores a aproveitar essas áreas com a fruticultura tropical para garantir uma nova fonte de renda e subsistência familiar. Essa também é uma forma de reduzir a saída de recursos da região, já que grande volume dessas frutas precisa ser comprado para abastecer a demanda local – toda semana, o Oeste importa cerca de 150t de banana.

Em dez propriedades onde estão instaladas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) ou Unidades de Observação (UOs), a Epagri realiza estudos, além de oficinas, reuniões e dias de campo com os produtores. A Empresa ainda ajuda as famílias a buscar espaços de comercialização. Já são cerca de 40 propriedades no Oeste cultivando frutas tropicais em 30ha de onde saem, anualmente, 200t de banana, 10t de goiaba e 30t de maracujá. Como a maior parte das vendas ocorre diretamente ao consumidor ou por meio de programas governamentais, a margem bruta
do produtor é bem atrativa, mesmo em pomares pequenos.

Banana orgânica é a principal renda de Danilo e Cleocir Bucoski

Mas na propriedade dos Bucoski, às margens do Rio Uruguai, em Chapecó, a produção de banana orgânica deu tão certo que se tornou a principal fonte de renda. Com a formação do lago da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, em 2010 eles trocaram a bovinocultura pela fruticultura, recebendo orientação e acompanhamento da Epagri.

Danilo e Cleocir foram melhorando e ampliando a produção aos poucos e, hoje, fazem sucesso na região. O casal cultiva 5ha e colhe até 50t de banana por ano. “Dá para viver bem, principalmente porque fazemos venda direta para o consumidor e ganhamos um preço melhor, cerca de R$3 o quilo. Com o que sobra, fazemos doces e agregamos valor ao produto”, diz Danilo. Os doces são fabricados em uma agroindústria instalada na propriedade, que é usada por mais seis famílias para incrementar a renda com as delícias tropicais do Oeste.

Para conhecer essa e outras histórias de sucesso, acesse o Balanço Social 2019 da Epagri.