Workshop Catarinense de Indicação Geográfica se firma como um dos principais eventos do país na temática

  • Categoria do post:Mídia

O VIII Workshop Catarinense de Indicação Geográfica e VII Mostra de Produtos Tradicionais, que acontecem na sede da Assembleia Legislativa, em Florianópolis, nos dias 30 e 31 de outubro, se consolidam como o principal fórum de discussão do tema em Santa Catarina e um dos mais importante do país. As autoridades reunidas na abertura do evento, realizada às 18h do dia 30, foram unânimes em reafirmar a importância desse momento de reflexão a respeito dessa importante forma de agregar valor aos produtos rurais catarinenses.

A Indicação Geográfica (IG) é um reconhecimento, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que garante que um produto só tem aquelas propriedades porque é influenciado pelo meio ambiente e pela cultura de uma determinada região. Santa Catarina conta com duas IGs: Vales da Uva Goethe e Banana da Região de Corupá. As dos Campos de Cima da Serra (Queijo Artesanal Serrano) e a da Erva-mate do Planalto Norte Catarinense já estão em avaliação no INPI. E seguem adiantados os trabalhos para obtenção das IGs do Mel de Melato da Bracatinga, da Maçã Fuji da Região de São Joaquim e dos Vinhos de Altitude.

“A IG promove o território, vindo ao encontro da missão da Epagri, que estabelece o desenvolvimento sustentável do meio rural, em benefício da sociedade. É uma forma única de valorizar produtores e produtos identitários de uma região”, destacou a presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, durante a abertura.

A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, que representou o governo na abertura do evento, ressaltou em seu discurso o papel da Epagri nas IGs e no apoio aos agricultores catarinenses. Ela lembrou que a Epagri oferece uma oportunidade ímpar aos produtores rurais de receberem em suas propriedades o conhecimento necessário para impulsionar seus negócios. “Cada agricultor tem um papel único, que somados, nos fazem uma potência na área” disse ela.

O secretário adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, reconheceu o potencial que o Estado tem para as IGs. Ele afirmou ainda que a expertise que a Epagri vem acumulando no assunto é uma ferramenta importante para impulsionar ainda mais o desenvolvimento dos territórios.

José Milton Scheffer, deputado estadual e presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa de SC, representou aquela Casa na abertura do workshop. Ele destacou que o Brasil nunca precisou tanto de conhecimento científico e afirmou sua esperança de que as IGs contribuam para a diferenciação e valorização dos produtos catarinenses. “Esse evento mostra para o Brasil a nossa diversidade e pujança agrícola e cultural, que vão impulsionar Santa Catarina para o mundo através das IGs”.

O deputado estadual Volnei Weber também compôs a mesa de abertura do evento e em seu discurso lembrou de suas raízes na agricultura e da importância da Epagri para o sucesso do negócio familiar. “A Epagri faz parte da minha vida”, declarou.

O discurso mais emocionante da noite ficou por conta do nonagenário Glauco Olinger, um dos fundadores da Epagri. “A Epagri é uma universidade rural informal sui generis em toda a América Latina, porque ela produz conhecimento que chega direto ao agricultor em sua comunidade”, elogiou.

Mostra

A Mostra de Produtos Tradicionais trouxe a Florianópolis o que há de mais promissor na agricultura de Santa Catarina. No espaço, montado no hall de dá acesso auditório Antonieta de Barros da Alesc, as 16 Gerências Regionais da Epagri estão distribuídas em estandes que apresentam os principais produtos agrícolas da cada região. Farinha de mandioca, diferentes tipos de queijos, hortaliças, sementes crioulas e muito mais está exposto na Mostra que já está em sua sétima edição e acontece sempre paralelamente ao Workshop.

No espaço central da mostra foram apresentados os sete produtos catarinenses que já contam ou devem receber em breve suas IGs. Além dos produtos in natura, estão expostos seus derivados que podem agregar valor às cadeias produtivas, como biomassa de banana e chás a base de erva-mate, por exemplo.