Projeto de produção de mudas de pastagem perene de verão envolve produtores de leite de São Lourenço do Oeste

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Uma das estratégias do Programa Pecuária da Epagri é a substituição das pastagens anuais de verão pelas perenes de verão, diminuindo assim custos com mão de obra e insumos, aumentando a competitividade da atividade com a utilização de sistemas sustentáveis de produção.

O escritório Municipal da Epagri de São Lourenço do Oeste, em parceria com a prefeitura, criou um projeto que além de incentivar os agricultores a implantarem áreas de pastagens perenes, faz com que uma família ajude a outra no processo de implantação.

No viveiro municipal, os funcionários da prefeitura ajudam a iniciar o processo de produção de mudas de forrageiras. Essas mudas, quando prontas, são entregues aos agricultores para que eles iniciem a produção de pastagem em suas propriedades.

Mas essas mudas não são entregues gratuitamente aos produtores. Ao receber certo número de mudas, a família se compromete a devolver a mesma quantidade de mudas ao viveiro, para que sejam doadas pra outra família. “Dessa forma nós temos material para atender uma segunda família, fazendo com que os agricultores tenham uma produção sustentável e com baixo custo” – comenta Volmir de Oliveira, extensionista Rural da Epagri de São Lourenço do Oeste.

As pastagens perenes de verão já são amplamente utilizadas no estado, mas o processo de implantação nem sempre é feito no sistema de produção de mudas. Nelson explica quais são as vantagens desse método:

“Se implantarmos uma área de pastagem perene via propagação de mudas nós temos um stand extremamente uniforme. Esse trabalho faz com que o material de interesse ganhe competitividade com relação as plantas espontâneas. A área não apresenta falhas. Assim, se esse material tem o potencial de produzir 40 toneladas de matéria seca por hectare, nessa condição a pastagem realmente consegue produzir. Na condição de multiplicação tradicional, que o pessoal faz o enterrio das estacas, acaba ocorrendo muitas falhas na área e não se consegue atingir o máximo de produção da forrageira” – explica Nelson Hayashi, extensionista da Epagri do município.

Jairo Bonatto e sua esposa Loreci, produtores de leite do município, sentiram no bolso a vantagem que a pastagem perene trouxe: “Antigamente a gente plantava pasto de inverno e de verão, mas se você deixa as vacas muito tempo em cima de algumas dessas espécies anuais, elas acabam com o pasto e aí, cada vez, tinha que replantar. Agora nós investimos apenas em adubação” – comemora Jairo.

“Nós recebemos as mudas e depois que nossa área de pastagem estava implantada, nós retiramos alguns baraços da área e fomos ao viveiro para produzir as mudas que ajudarão outra família. Aqui em casa todo mundo vai ajudar, as vezes chamamos até alguns vizinhos pra nos darem uma mão” – conta Loreci.

A família Lazzaroto aprovou o projeto por sentirem que ganharam tempo: “Além de nos sujarmos menos, o processo de implantação é mais rápido. Antes nós demorávamos 3 dias para plantar 4 mil mudas, agora chegamos a plantar essa quantidade em apenas 1 dia” – diz Silvana, acompanhada do marido Soismar.

As famílias participantes do projeto são assistidas pelos técnicos da Epagri para que se garanta o comprometimento dos beneficiados e que todo esse trabalho se transforme em qualidade de vida e renda para as famílias agricultoras.

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